A participação brasileira no Evento #1: US$ 1.000 Mystery Millions da WSOP 2025 chegou ao fim durante o Dia 2 do torneio, com a eliminação de Vitor Dzivielevski. O profissional terminou na 102ª colocação no gigantesco field de 19.654 entradas, embolsando US$ 10.460, sendo US$ 3 mil em bounties.
O torneio fez dois milionários durante as primeiras horas de abertura dos envelopes misteriosos, e apenas 20 nomes retornam para disputa do Dia 3 nesta segunda-feira, às 15h (horário de Brasília), liderados por George Tatalovich, com 77.625.000. O top 10 tem nomes como Wesley Fei, regular de programas de cash game televisionados, Daniel Strelitz e Michael Acevedo.
Daniel Negreanu demorou menos de uma semana para garantir sua primeira reta final na WSOP 2025. Nesta segunda-feira (2), o craque canadense retorna para o Dia 3 do Evento #9 (US$ 10.000 Pot-Limit Omaha Hi-Lo 8 or Better Championship) com ótimas chances de buscar o bracelete.
Com apenas 20 jogadores left, o embaixador GGPoker não só é o chip leader, com um stack de 1.550.000, como também tem uma boa vantagem na ponta. A segunda maior pilha pertence a Matthew Beinner, com 1.070.000. Outro destaque no top 10 é a presença de Viktor Blom, que tem o sexto maior stack com 840.000.
Todos já garantiram pelo menos US$ 21.294, mas estão de olho na forra de US$ 470.437 e o bracelete dourado reservados para o campeão. O jogo recomeça às 17h (horário de Brasília), com limites de 25.000/50.000.
Vários nomes de peso do poker brasileiro foram às mesas do Evento #11 (US$ 10.000 Mystery Bounty)da WSOP 2025 neste domingo (1º). O field de 617 entradas foi reduzido para 130 jogadores, entre eles três brasileiros.
Rafael Mota é quem puxa a fila verde amarela, com 295.000 fichas, seguido por Bruno Foster, com 255.000 e Felipe Mojave, que ensacou 249.000. A liderança geral é de Richard Green, com 955.000, seguido por Andrew Lichtenberger, com 757.000.
Serão premiados os 93 melhores colocados, com um ITM mínimo de US$ 13.592 e, para o campeão, US$ 729.333 e o bracelete. Após o estouro da bolha, cada eliminação valerá também o sorteio de um bounty misterioso. A disputa recomeça às 16h (horário de Brasília), com blinds em 4.000/8.000 e big blind ante de 8.000.
Na madrugada desta segunda-feira, Yuri Martins chegou muito perto de ganhar seu sexto bracelete da WSOP. O profissional ficou com a vice-colocação no Evento #3 Online (US$ 888 Crazy 8's), faturando mais de US$ 95 mil, mas não levando para a casa o que seria o inédito hexacampeonato para um representante verde e amarelo.
É comum no poker ver um grande pote ser perdido e um jogador ficar com apenas migalhas. A velha frase "uma ficha e uma cadeira" costuma ser usada para reacender a esperança quando tudo parece perdido. Caleb Furth, mais conhecido como Bruno, provou que uma atitude positiva e determinação podem superar todas as adversidades.
Com apenas uma única ficha de 100.000 no nível de big blind de 80.000, Furth transformou suas 1,25 big blinds em uma vitória contra alguns dos melhores jogadores do mundo no Paris e Horseshoe Las Vegas.
Furth já está acostumado aos holofotes, pois este é seu segundo bracelete em um torneio de Pot-Limit Omaha; este foi especial, pois lhe rendeu seu maior prêmio até agora: US$ 620.696 para o jovem profissional americano. Furth venceu o Evento #5: Pot-Limit Omaha de US$ 5.000, que atraiu 757 inscrições e gerou um prize pool total de US$ 3.482.200.
Ao ser questionado sobre como foi virar o jogo até a vitória, ele explicou: “Naquele momento, a pressão tinha acabado. Restavam dez jogadores, então eu tinha certeza de que seria o próximo a ser eliminado, então estava disposto a arriscar — e arrisquei. Dobrei para voltar à média... uma jornada inacreditável. Estou radiante.”
Bruno Furth e Fabian Riebau-Schmithals
Classificação Final do Evento #5: Pot-Limit Omaha de US$ 5.000
Colocação
Jogador
País
Prêmio
1
Caleb Furth
Estados Unidos
US$ 620.696
2
Fabian Riebau-Schmithals
Alemanha
US$ 413.762
3
Martin Kabrhel
Tchéquia
US$ 288.775
4
Matthew Cosentino
Estados Unidos
US$ 204.808
5
Mark Aridgides
Estados Unidos
US$ 147.647
6
Noel Rodriguez
Estados Unidos
US$ 108.221
7
Jeremy Trojand
Alemanha
US$ 80.673
8
Lawrence Brandt
Estados Unidos
US$ 61.179
Dinâmica da Mesa Final
Mesmo tendo voltado à média, a mesa final não foi tarefa fácil – Furth teve que enfrentar o especialista alemão em Pot-Limit Omaha, Fabian Riebau-Schmithals, seu oponente no heads-up. Riebau-Schmithals parecia ter controle total entre os seis finalistas, com mais de 25.000.000 em fichas, enquanto o segundo maior stack tinha menos de 4.000.000. Isso naturalmente dificultou a vida dos short stacks da mesa, todos em busca de grandes saltos na premiação.
Furth venceu uma série de potes pequenos, mas encurtou significativamente a diferença em uma mão em que conseguiu três streets de valor contra o futuro vice-campeão.
Quando restavam três jogadores, Furth eliminou o polêmico Martin Kabrhel, que aparentemente fez alguns amigos e muitos inimigos ao longo deste torneio em particular.
Martin Kabrhel
Furth comentou sobre jogar contra Kabrhel: “Acho que ele age de forma a irritar os outros, tentando desestabilizá-los emocionalmente. E por um momento, funcionou comigo. Fiquei bem irritado com ele na mesa final enquanto ele fazia o tempo de todos ser desperdiçado e desobedecia o floor.” Kabrhel teve o relógio acionado contra ele mais de vinte vezes ao longo do torneio.
Levou pouco tempo para que uma recompensa misteriosa de US$ 1 milhão fosse revelada neste domingo na World Series of Poker (WSOP).
Tyler Montoya, de 23 anos, abriu o envelope premiado no Dia 2 do Evento #1: Mystery Millions de US$ 1.000, um torneio de no-limit hold'em que atraiu 19.654 inscritos ao longo de cinco turnos iniciais do Dia 1.
Dinheiro Que Muda Vidas
O torneio Mystery Millions se tornou um dos eventos mais populares e divertidos da grade anual da WSOP. Matt Glantz ficou famoso ao revelar o envelope de sete dígitos em 2022, ano de estreia do torneio. Em 2023, foi um brasileiro um dos felizardos que se tornaram milionários.
É raro que o grande prêmio seja sorteado tão cedo em qualquer evento de mystery bounty, especialmente em um com 1.045 recompensas no total. A de Montoya foi apenas a sétima revelada no dia, momentos após uma de US$ 100.000 ter sido aberta.
Pouco depois, foi a vez do segundo e último bounty de US$ 1 milhão ser sorteado, com Thomas Zanot comemorando muito ao encontrar o valor máximo. Ainda há várias recompensas grandes em jogo, incluindo um de US$ 500.000 e outros seis que pagarão pelo menos US$ 100.000 a jogadores sortudos.
Thomas Zanot
Montoya, que já acumulava US$ 482.000 em prêmios de torneios ao vivo, segundo o The Hendon Mob, tem alguns planos para o dinheiro que acabou de ganhar.
"Se você é uma stripper no clube, deveria estar trabalhando hoje à noite", aconselhou.
Há muitos clubes de strip-tease a uma rápida corrida de Uber do Horseshoe para Montoya escolher. O jogador de poker de Nevada já garantiu mais do que o prêmio de US$ 1 milhão que será entregue ao campeão do evento com bracelete. No momento da publicação, com cerca de 800 jogadores ainda na disputa, cada jogador remanescente já está garantido com pelo menos US$ 2.130 da premiação principal, além das recompensas.
"WSOP, baby, milionário aos 23 anos. Vambora", disse Montoya após puxar a recompensa.
Montoya, que já planejava jogar muitos eventos neste verão, deu a entender que usará parte do dinheiro para ampliar seu cronograma e disputar mais torneios.
Cinco jogadores chegaram ao dia final do Evento #3: US$ 5.000 No-Limit Hold'em 8-Handed na World Series of Poker 2025, realizada no Horseshoe e Paris Las Vegas. Todos já estavam garantidos com pelo menos US$ 137.948, mas tinham o objetivo comum de conquistar o prêmio máximo de US$ 582.008.
Foi o espanhol Antonio Galiana quem conseguiu superar um field de 558 jogadores repleto de estrelas em ascensão, lendas do poker e regulares de alto nível. Galiana derrotou o talentoso Frederic Normand no heads-up e faturou US$ 582.008, levando a maior parte da premiação total de US$ 3.720.960.
Classificação Final do Evento #3: US$ 5.000 No-Limit Hold'em 8-Handed
Colocação
Jogador
País
Prêmio
1
Antonio Galiana
Espanha
US$ 582.008
2
Frederic Normand
Canadá
US$ 387.979
3
Christian Roberts
Venezuela
US$ 270.407
4
Renji Mao
China
US$ 191.550
5
Gaetan Balleur
França
US$ 137.948
6
Uri Reichenstein
Israel
US$ 101.028
7
Justin Liberto
Estados Unidos
US$ 75.263
8
Georgios Sotiropoulos
Grécia
US$ 57.051
Reação do Campeão
Foi a realização de um sonho para Galiana, que conquistou seu segundo bracelete da WSOP após alguns dias intensos que destacaram sua genialidade estratégica nas mesas — como alguns adversários o descreveram: “imbatível”. Quando perguntado como se sentia momentos após a vitória, o campeão manteve a humildade: "Segundo bracelete, me sinto incrível... não tenho mais nada a dizer além de que preciso voltar à realidade".
Galiana sentiu a mudança de momento em diferentes pontos, durante uma mão crucial contra Uri Reichenstein na mesa final. No entanto, a crença real na vitória só chegou mais tarde, no heads-up.
"Em nenhum momento eu realmente pensei que fosse vencer... mas depois daquele blefe no heads-up — quando ele largou — eu disse: ‘Ok, agora estamos empatados.’ Heads-up é uma das minhas especialidades no poker."
Antonio Galiana
Um grinder de longa data em sit-and-go's de mesa única, Galiana migrou para torneios há apenas dois anos. Após uma grande performance no ano passado que lhe rendeu o primeiro bracelete, ele voltou à série este ano com foco renovado e o objetivo de ganhar o maior número de braceletes possível.
"Neste ano, comecei a treinar com um gênio chamado Giuseppe Gallo. Trabalhamos centenas de horas juntos. Quando voltei, eu era quatro ou cinco vezes melhor que no ano passado." Adotando uma abordagem centrada no GTO, ele destacou a preparação, disciplina e precisão robótica nas decisões. "Não nos importamos se o oponente está blefando ou não — estamos tentando emular o robô o máximo possível. Foi para isso que trabalhamos. No final do dia, para jogar isso corretamente, é preciso conhecer toda a teoria."
Quando perguntado sobre sua transição dos spins para os torneios, ele foi direto: “Eu estava buscando glória. Spins não dão prestígio.”
Ação no Dia Final
Os cinco finalistas sabiam que enfrentariam uma maratona, já que o stack médio tinha mais de 50 big blinds, exigindo decisões meticulosas. Apesar de ter começado bem, o caminho de Galiana rumo à vitória não foi nada tranquilo, incluindo um confronto de blind contra blind contra o short stack da mesa e eventual vice-campeão, Normand. A perda de 6.000.000 de fichas deixou Galiana na lanterna. Mesmo assim, ele manteve a calma e, algumas mãos depois, se envolveu em um grande pote contra Renji Mao, retomando a liderança em fichas.
Neste ponto, Galiana encurtou a distância entre ele, Normand e Christian Roberts, deixando os stacks bastante equilibrados. Ele conseguiu desgastar Roberts pouco depois, o que aumentou a vantagem entre os dois primeiros. A consciência situacional de Galiana na mesa final foi evidente; ele deixou Normand e Roberts se enfrentarem mais adiante, e Roberts acabou fazendo um hero call incorreto para sair em terceiro.
Frederic Normand
Apesar da desvantagem em fichas no início do heads-up, a habilidade e experiência de Galiana ficaram claras, e ele conseguiu virar o jogo a seu favor. O ponto decisivo veio quando Galiana executou um grande blefe, deixando Normand pensativo por dez minutos antes de desistir da mão.
Agora que o bracelete é seu, o que vem a seguir para o campeão?
“Vou jogar tudo — provavelmente até os eventos de US$ 25.000. Esse é o meu buy-in máximo para esta série.” Apesar do grande prêmio, ele permanece com os pés no chão. Quando perguntado sobre o que fará com o dinheiro, sua resposta foi objetiva: “Qual o plano com o dinheiro? Continuar economizando. Guardar dinheiro.”
Poucos jogadores tiveram um histórico de sucesso na WSOP como Dan Heimiller. Antes da mais recente vitória, Heimiller já possuía dois braceletes de ouro da WSOP, 28 aparições em mesas finais e havia conquistado prêmios em pelo menos um evento de cada WSOP desde 1997.
Ele aumentou esse legado hoje na World Series of Poker 2025, realizada no Horseshoe e Paris Las Vegas, com uma vitória no Evento #6: US$ 1.500 Seven Card Stud — encerrando uma seca de onze anos sem braceletes.
Heimiller superou um field de 377 entradas, derrotando por último o lendário jogador de mixed games David Bach no heads-up para conquistar seu terceiro bracelete de ouro da WSOP e o prêmio principal de US$ 106.840.
Classificação Final do Evento #6: US$ 1.500 Seven Card Stud
Colocação
Jogador
País
Prêmio
1
Dan Heimiller
Estados Unidos
US$ 106.840
2
David Bach
Estados Unidos
US$ 70.568
3
Tyler Phillips
Estados Unidos
US$ 47.660
4
Jyri Merivirta
Finlândia
US$ 32.921
5
MengQi Chen
China
US$ 23.271
6
Kristan Lord
Estados Unidos
US$ 16.842
7
Sam Jaramillo
Estados Unidos
US$ 12.487
8
Greg Mueller
Canadá
US$ 9.490
9
Ian Gavlick
Estados Unidos
US$ 7.397
Reação do Campeão
Heimiller, que descreveu a vitória como "algo que já estava demorando", usou uma palavra para resumir o que ele considera o segredo de sua longevidade e sucesso na WSOP ao longo das últimas três décadas.
"Teimosia. Eu não larguei o poker quando deveria", acrescentou Heimiller com uma risada. "Eu poderia ter desistido há muito tempo, mas fui persistente."
Dan Heimiller e torcida
Heimiller entrou no heads-up com uma vantagem enorme sobre Bach, mas o veterano dos mixed games não foi fácil de derrotar, e Heimiller observou que o duelo poderia ter durado bem mais se não fosse uma sequência oportuna de boas cartas.
"Parecia que ele estava voltando para o jogo por um tempo, então foi meio assustador. E parecia que ia demorar muito. Mas felizmente, eu tive muito mais sorte do que ele. Acho que o dia inteiro eu estava acertando dois pares na sexta ou sétima street. Eu simplesmente tive muita sorte."
Ação no Dia Final
O dia começou com apenas seis jogadores retornando, todos já garantidos com pelo menos US$ 16.842. Bach, que começou o dia no meio da tabela, começou com tudo ao quebrar os dois pares de Kristan Lord com uma sequência, eliminando-o em sexto. Poucas mãos depois, Bach destruiu o stack de MengQi Chen e depois ganhou um grande pote de Heimiller, assumindo a liderança em fichas na primeira hora de jogo. Chen não conseguiu se recuperar e foi eliminado em quinto pouco depois.
O ritmo diminuiu consideravelmente com quatro jogadores restantes. Heimiller e Bach se revezavam na liderança enquanto Jyri Merivirta e Tyler Phillips viam seus stacks diminuir. Phillips esteve à beira da eliminação com pouco mais de uma big bet antes de dobrar três vezes seguidas rapidamente, quase assumindo a liderança. Merivirta não conseguiu o mesmo impulso e foi eliminado em quarto lugar após Heimiller acertar dois pares na sétima street.
Heimiller não olhou para trás após a eliminação de Merivirta. Com agressividade, logo se viu com metade das fichas em jogo com três jogadores restantes. Phillips ficou short stack novamente e desta vez não conseguiu se recuperar — sendo eliminado em terceiro lugar após Heimiller acertar uma trinca de valetes contra o par de ases de Phillips.
David Bach
Bach tinha um grande desafio pela frente no heads-up contra Heimiller, que tinha pouco mais do que uma vantagem de 2:1 em fichas. Heimiller rapidamente ampliou essa vantagem para quase 20:1, mas Bach, também conhecido como "The Gunslinger", fez um impressionante retorno com três dobras seguidas.
Heimiller, incansável, colocou Bach all-in novamente pela quarta vez, segurando um par de seis na quinta street contra o par de cinco de Bach. Uma quarta dobra, que colocaria Bach novamente na disputa, parecia provável depois que ele fez dois pares na sexta street, mas Heimiller fez dois pares maiores na sétima e venceu a mão final da noite.
O primeiro evento de mixed games da World Series of Poker (WSOP) 2025 no Horseshoe e Paris Las Vegas começou na quarta-feira, 28 de maio. Cerca de 910 participantes se inscreveram durante o período de registro, criando um prize pool de US$ 1.208.025 que foi dividido entre 137 jogadores. Apenas 16 jogadores chegaram ao Dia Final com chance de conquistar o bracelete — o primeiro evento aberto a ser premiado neste ano — e, após nove horas e meia, um vencedor foi coroado no Evento #4: US$ 1.500 Omaha Hi-Lo 8 or Better.
Jogadores de torneio da Flórida conhecem e já conheciam David Shmuel há muitos anos nas mesas. Com 19 primeiras colocações registradas no Hendon Mob em diversos formatos de jogo, Shmuel já havia se destacado nos cassinos por toda o "Sunshine State". Agora, ele adiciona um 20º título à sua crescente coleção de troféus, juntando-se ao seleto grupo de campeões com bracelete da WSOP ao derrotar Joe Ford e conquistar o maior prêmio de sua carreira: US$ 205.333.
“Omaha Hi-Lo é o meu jogo favorito,” disse o novo campeão, cercado por uma animada torcida de amigos e familiares. “Foi o jogo que comecei a jogar em 1994. É um jogo mais relaxante do que o hold’em e mais divertido de jogar. Duas cartas podem ficar um pouco entediantes. Não me leve a mal, Hold’em é um ótimo jogo, mas acho os mixed games mais divertidos.”
“Não tenho nenhum plano imediato para o dinheiro,” disse Shmuel quando perguntado sobre seu prêmio de mais de US$ 200 mil. “Só quero me divertir com a esposa e viajar. Isso é o mais importante.”
Depois de ensacar o maior stack no Dia 1 e o segundo maior stack no Dia 2, Shmuel jogou a maior parte do torneio sob os olhares atentos. Nada disso o incomodou, pois ele havia definido algumas metas antecipadamente.
“Eu estava muito focado e tinha em mente que iria longe, porque no ano passado no PLO8 terminei em 17º. Disse que este ano iria mais longe, e me concentrei mais. Nunca estive all in durante o torneio, tomei as decisões corretas e tive sorte.”
David Shmuel e torcida
Cercando-o no momento da vitória estavam muitos amigos e familiares, incluindo sua esposa.
“É importante ter um grupo de amigos ao seu redor. Você discute situações com eles, dá apoio, recebe apoio, e essa é a ideia de jogar poker. Ter pessoas ao seu redor e curtir junto com elas.”
“Disse para minha esposa que não tenho um plano, vivo um dia de cada vez,” comentou Shmuel sobre seus planos para o verão. “Termino esse, vou para o próximo, não tenho planilha.”
Com isso, o novo campeão da WSOP recebeu sua joia e deixou a área do torneio.
Ação do Dia 3
As eliminações começaram rapidamente, com as saídas quase simultâneas de Jon Kyte (16º – US$ 7.897) e Dennis Morrison (15º – US$ 9.688) em mesas diferentes. Em seguida, o campeão de bracelete da WSOP Matt Grapenthien (14º – US$ 9.688) não conseguiu recuperar seu stack curto e ficou fora da disputa por um segundo bracelete. Austin Marks (13º – US$ 9.688) e Martin Matranca (12º – US$ 9.688) foram os próximos eliminados e os últimos a receber menos de cinco dígitos por suas colocações.
Eric Polirer (11º – US$ 12.112) não conseguiu multiplicar seu stack e deixou o torneio antes do esperado. Logo depois, novas eliminações quase simultâneas: o campeão da WSOP Christopher Vitch (10º – US$ 12.112) e Kevin Pier (9º – US$ 15.423) foram eliminados em mesas distintas. Assim, a mesa final foi definida, e a eliminação de Vitch garantiu que um novo nome se juntaria ao grupo de campeões da WSOP.
Ação da Mesa Final
A primeira eliminação na mesa final aconteceu rapidamente: Joseph Bertrand começou com pouco mais de um small blind. Ele colocou suas últimas fichas no centro e acertou um low draw num pote multiway com Ilia Krupin e o chip leader do início do dia Melvin McCraney. O board não foi favorável a ele, e Krupin iniciou sua escalada nos stacks com um flush flopado, enquanto Bertrand levou US$ 20.001 pela oitava colocação.
De uma subida para uma queda: McCraney, que começou o dia como chip leader, enfrentou turbulência na mesa final. Após vários potes indo para Joe Ford, David Shmuel e Krupin, McCraney se viu all in no botão em um pote de três jogadores com Ford e Patrick Stacey. Seu par de valetes não segurou contra a trinca de setes de Ford, e McCraney levou US$ 26.403 pela sétima colocação.
Stacey teve um dia de altos e baixos, e isso se refletiu na mesa final. Após vencer alguns potes no início, suas fichas foram parar nas mãos de Ford e Krupin. Em sua mão final, enfrentou Krupin e acertou um cinco no flop para fazer dois pares, mas foi superado no turn quando Krupin formou dois pares com ás e rei. Sem ajuda no river, Stacey terminou em sexto lugar, ganhando US$ 35.471.
A escalada de Krupin foi interrompida por David Shmuel em vários potes grandes, e ele foi o próximo eliminado, em quinto lugar. Sua mão final aconteceu quando ele foi all in no river com um flush, apenas para ver Gregory Wood com o nut flush. Wood aumentou seu stack, e Krupin recebeu US$ 48.480.
Pouco depois, Wood foi eliminado com US$ 67.392, apesar do aumento de fichas. Ele e Ford viram um flop em que Wood acertou dois pares no topo e Ford uma trinca. As apostas continuaram até Wood colocar todas as fichas no centro, mas ele não conseguiu melhorar nas streets seguintes, encerrando sua participação em quarto lugar.
Neste ponto, Shmuel já tinha uma vantagem confortável com Ford em segundo e Darren Taylor em um distante terceiro lugar. Taylor perdeu alguns potes e acabou eliminado em terceiro ao ter seu low draw e straight draw flopados superados pela sequência de Shmuel. Ele levou US$ 95.253.
Joe Ford
Esta foi a segunda vez que Ford alcançou a mesa final deste evento, tendo terminado em quarto lugar há 12 anos. Desta vez, teve um desempenho melhor, mas não conseguiu superar a desvantagem de fichas contra Shmuel no heads-up. Em sua mão final, Ford foi forçado a colocar sua última blind, e Shmuel revelou A-A-K-K. Mesmo acertando um de seus outs no flop, os ases bastaram para Shmuel vencer o pote. Assim, ele conquistou seu primeiro bracelete da WSOP, enquanto Ford terminou em segundo lugar com US$ 136.855.
O US$ 25.000 Heads-Up Championship, Evento #7 da WSOP 2025 colocou frente a frente vários dos maiores nomes do poker mundial em duelos mano a mano. Após dois dias de disputa, restam apenas quatro jogadores na briga e retornam às mesas às 16h15 (horário de Brasília) deste domingo.
Artur Martirosian enfrentará Patrick Leonard, enquanto David Chen jogará contra Aliaksei Boika na outra semifinal, definindo os jogadores que avançarão à final. Os quatro já garantiram pelo menos US$ 180 mil, enquanto o vice levará US$ 300.000, e o campeão ficará com US$ 500.000 e o bracelete dourado.