Jogue com responsabilidade. O jogo pode causar dependência.

18+

Falando de HORSE com Lou Krieger, Vol. 14: Mais Mãos Iniciais de Stud

Name Surname
Lou Krieger
6 min. de leitura
Poker Strategy

Em nosso último encontro, falamos sobre a importância das mãos inicias no Seven-Card Stud, e começamos nossa análise dessas mãos mais fortes. Você larga muito bem quando acerta uma trinca, mas você não é vencedor no stud apenas esperando por essas trincas conectadas. Isso não acontece de forma freqüente, então examinaremos o potencial de outras mãos iniciais.

PARES ALTOS

Um par alto – de dez ou maior – é usualmente jogável e deve-se abrir raise com esse tipo de mão para que fique caro para que draws (quedas, mãos incompletas) continuem no jogo. Uma vez que um par alto é favorito contra qualquer adversário com queda para seqüência ou flush , está atrás de dois ou mais quedas.

Acerca dos pares, é sempre melhor tê-los escondidos ao invés de fazer parte de suas cartas expostas. São mais difíceis de ler. Se o seu oponente não consegue ver parte do seu par, ele não poderá avaliar a força da sua mão.

Se na quarta street (quarta carta, segunda exposta) você forma um par exposto e sai apostando, seu oponente deve considerar que você tem three of a kind (trinca, porém duas expostas e uma escondida). Isso, provavelmente, inibirá o ataque do adversário e limitará os seus ganhos. Porém, se seu par está escondido e a quarta street te trouxer trips (também trinca, porém com o par escondido), seu oponente não terá uma pista sobre a força da sua mão até que você o atraia (faça uma armadilha) com um ou dois raises.

Pares altos jogam melhor contra um ou dois oponentes e às vezes podem vencer sem que o jogo melhore. Mas você deve sempre esperar que faças, ao menos, dois pares. Se você estiver jogando contra mais que um ou dois jogadores, dois pares provavelmente farão você ganhar a mão. Dito isso, a palavra de ordem é a cautela. É extremamente importante que você não enfrente um par maior que o seu ao menos que você tenha ao lado cartas maiores que o provável par do seu adversário. Por exemplo, se você vem com J de ouros e A de copas (escondidos) e J de espadas (esse já aberto), e a carta de entrada do seu adversário é uma Q de espadas, sua mão mais provável é um par de damas, isso se ele continuar na mão.

Enquanto seu Ás estiver vivo, você pode continuar jogando. Afinal, seu oponente pode não ter um par de damas. Pode ter um par de noves escondido, e nesse caso você já está à frente. Mesmo que ele tenha par de Damas, você pode acertar um Ás, outro Valete ou mesmo um Rei. Um ás te trará dois pares, que deverá estar à frente do seu adversário, enquanto trips de Valetes o deixarão na liderança.

Até mesmo um rei na quarta street ajuda você, oferecendo outra maneira de acertar dois pares, que deve ser melhor que a mão do seu adversário. Nesse ponto, você estará provavelmente estará atrás, mas você ainda tem uma série de maneiras para ganhar enquanto as cartas que você precisa estiverem ‘vivas’ (ainda poderão vir).

PARES PEQUENOS OU MÉDIOS

Se você tem um par de dois ou um par maior é quase tão importante como se as suas side cards (cartas ao lado, streets seguintes) são mais altas que o par do seu oponente. Se você segura cartas altas, side cards vivas podem estar juntas a um pequeno par, suas chances de vitória estão em função de acertar um par com as streets seguintes – e Áses como par maior sempre bate Damas como tal, independente do valor do segundo par.

Você precisará acertar um grande par nas side cards para vencer. Enquanto um par de Áses ou Reis pode ganhar uma mão de stud, particularmente em heads up (mano a mano), vencendo com um par de dois – ou qualquer outro par pequeno em questão – é um tanto milagroso, não acontece com tanta freqüência.

JOGANDO MÃOS MENORES

E acerca das mãos menores? E se você estiver envolvido em um pote com uma mão como J de paus, 7 de espadas / K de copas? Você tem duas cartas altas, mas sem draws para seqüência ou flush. Tudo o que você realmente tem é uma oportunidade de blefe com o Rei como o provável par, uma vez que ninguém tem uma carta maior exposta. Jogando uma mão por valor – e não por blefe – realmente depende de como você lê seus adversários e o range (gama de mãos) que você pode botá-lo baseado na sua observação dos padrões do adversário. Contra apenas um adversário, você não estará tão atrás, e na essência esse tipo de mão é basicamente um draw ou um par, que é um jogo fraco, ou uma mão que pode melhorar de você acertar uma outra carta grande e seu oponente uma baixa.

A menos que você tenha uma razão válida para acreditar que uma mão como essa possa ser jogada por valor, você provavelmente deverá dar fold (sair da mão) ou joga-la como um blefe. E na maioria das vezes sua decisão deverá ser no sentido de sair da mão.

JOGANDO UM DRAW

Se você tem três cartas do mesmo naipe ou em seqüência, seu trabalho é ver se seus outs ainda estão disponíveis. Se as cartas às quais você necessita não estiverem à mesa, você pode ir a diante e pegar outra carta no baralho.

Se você observar que seus adversários tem duas ou mais cartas do seu naipe, ou três cartas que você precisa para seqüência, você deve dar fold. Enquanto suas cartas estiverem vivas e você tiver um baixo custo para ver a próxima, pegue outra carta. Você pode ter sorte e acertar a quarta carta do seu naipe, ou pode fazer um par com alguma de suas cartas altas e ter duas maneiras para vencer. Seu flush pode aparecer se a quinta carta for daquele naipe ou você pode melhorar seu jogo para uma trinca ou dois pares altos.

O fascínio das mãos com draws é que essas oferecem a promessa de torná-la uma mão muito forte. Jogadores experientes não são facilmente seduzidos, e estão armados com a disciplina necessária para saber quando largar uma mão com um draw e esperar por uma melhor oportunidade para investir seu dinheiro.

A chave do sucesso para jogar os draws são as cartas vivas (live cards). Quando as cartas que você precisa estão vivas, o prêmio é geralmente o valor do ganho. Se muitas de suas cartas estiverem indisponíveis, suas chances de ganhar diminuem.

São muitas as possibilidades de blefe no seven-card stud e esses ocorrem durante todo o jogo, pois com tantas cartas expostas fica fácil usar cartas fortes da sua mão junto a agressividade nas apostas para pintar um quadro convincente de uma grande mão.

Você pode até blefar com sucesso na terceira street, com apenas uma carta exposta. Isso usualmente ocorre quando seu adversário abre a aposta obrigatória (bring in), alguns jogadores dão fold e você tem um ás exposto para que todos vejam. Um olhar treinado e com habilidade para as mãos dos seus oponentes depois de mostrar nada mais do que cartas de meio. Se você completar a aposta aqui, você tem uma boa chance de forçar seus oponentes a dar fold. A não ser que um deles tenha uma mão extremamente forte, seus adversários terão de considerar a possibilidade de você ter um par de Áses, e se eles estão segurando mãos mais fracas, estão muito atrás de você. Um draw para seqüência ou para flush poderá pagar, mas se a quarta street não lhes for boa, não é rentável a eles pagar mais uma aposta que virá em seguida.

Falaremos sobre outras oportunidades de blefe em seven-card stud em artigos à frente. Mas, por agora, esse é o blefe mais comum na terceira street.

Lou Krieger é o editor do Poker Player Newspapper. Autor de mais de 400 artigos de estratégia e 11 livros sobre poker. Também pode ser ouvido em um programa de rádio na Internet, “Keep Flopping Aces”, apresentado nas quintas-feiras, às 9 pm ET em www.roundersradio.com

Share this article
author
Lou Krieger

Mais notícias

Outras Histórias